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O mar de Cascais, através das prospeções e escavações realizadas pelos arqueólogos subaquáticos, dá conta na ocorrência de inúmeros naufrágios, da época romana à contemporaneidade.
O vasto e rico mundo subaquático permite aos arqueólogos ampliar o campo de investigação, num universo fascinante de descoberta.
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Este núcleo incide especialmente sobre embarcações naufragadas entre os séculos XVI e XVIII, as condições da navegação, a prática do comércio, as ameaças da pirataria e do corso, e as deficientes condições da vida a bordo, sendo estas algumas das áreas fundamentais para o estudo das grandes rotas de navegação da Época Moderna.
Alguns dos objetos expostos resultam da parceria e de um protocolo entre a Câmara Municipal de Cascais e o IGESPAR (Instituto de Gestão de Património Arquitetónico e Arqueológico), resultado de escavações realizadas por equipas multidisciplinares, nomeadamente na Nau Nossa Senhora dos Mártires.
Com vista à preservação e estudo destes sítios arqueológicos, a Câmara Municipal de Cascais, no âmbito das suas competências de gestão, proteção e divulgação do Património Cultural subaquático, está a desenvolver o Projeto da Carta Arqueológica do Concelho de Cascais, em colaboração com instituições públicas, com as quais celebrou protocolos de colaboração nomeadamente a Direção Geral do Património Cultural e o Centro de História Além-Mar da Universidade de Lisboa.
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O principal risco da travessia, no Atlântico, residia nas rigorosas condições climáticas e nas imprevisíveis alterações dos regimes de ventos e correntes. Era, contudo, no aproximar da costa e no franqueamento da barra do tejo que residia o maior perigo, e que exigia dos mareantes um vasto domínio dos ciclos de maré, do movimento das correntes e do regime dos ventos. A prática do comércio, constituía um dos principais perigos que as naus enfrentavam no regresso ao reino, devido ao excesso de carga, anarquicamente arrumada e sem qualquer preocupação com o equilíbrio do navio. A pirataria e o corso, fora, sem dúvida, uma das principais causas de tantos naufrágios ocorridos. Dobrar o Cabo da Roca e o Cabo Raso era enfrentar os perigos do ataque dos corsários e dos piratas. As lutas navais eram quase sempre inevitáveis, assim como as perdas humanas e materiais. No que respeita à vida a bordo, as naus eram abastecidas antes de largar, a expensas da coroa, com os alimentos considerados necessários para a longa viagem. A chegada terminava, contudo, quase sempre ritmada pela fome, pelas doenças ou pela tragédia.
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